26 fevereiro 2014

Crédito fundiário apoia a produção agrícola familiar

Modalidade de financiamento ajuda os pequenos agricultores a aumentar suas produções e, consequentemente, seus lucros



Viver no semiárido piauiense produzindo arroz, criando tilápia e gado, e, com isso, triplicar a renda familiar. Esta é a realidade de 55 famílias de beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) da Associação dos Agricultores Familiares de Lagoa, em São José do Divino (PI).
Na semana passada, eles deram início à colheita das 60 toneladas de arroz irrigado. Além do arroz, estão em fase de entrega 16 toneladas de tilápia, já comercializadas.
Ambos os projetos foram custeados pelo Subprojeto de Investimentos Comunitário (SIC), recursos não reembolsáveis, disponibilizado pela linha do PNCF de Combate à Pobreza Rural (CPR).
O recurso permitiu também que a associação fizesse o cerco da área e as casas, além de instalar a rede elétrica trifásica, irrigar a área produtiva e executar o projeto de bovinocultura e de manejo florestal.

Do sonho à realidade

Segundo o presidente da associação, Raimundo José Machado Filho, as mudanças foram muito grandes. “Estávamos ansiosos pelos resultados e eles estão chegando. Com a venda do arroz, das tilápias e do gado (vendido no ano passado), nossa renda anual passa de R$ 30 mil por ano. E ainda tem a renda da área de manejo florestal e da confecção das mulheres, que não dão conta de atender à demanda. Triplicamos a renda e melhoramos muito nossa qualidade de vida”, completou Machado.
“Eu me criei aqui. Eu e alguns outros associados erámos empregados nessa propriedade. Desde 2011 somos donos, graças a Deus e ao Crédito Fundiário”, comentou, entusiasmado, o presidente.

Trabalho e afinidade

Pela manhã, elas são agricultoras, cuidam da criação, da horta, da casa e dos filhos. À tarde, se tornam empreendedoras na Confecção Afinidade. Essa é a rotina de 22 agricultoras familiares, titulares do PNCF da Associação Lagoa, que adquiriram o selo PNCF Mulher e, com o recurso, montaram uma confecção, responsável hoje pelo aumento da renda familiar de suas famílias.
O grupo Afinidade nasceu com a confecção, em março de 2011, sob o lema: Trabalhando a moda com arte, gerando renda e melhorando a qualidade de vida. Localizada na associação, o grupo produz roupa íntima feminina, jogos de banheiro e cozinha. A comercialização ocorre nas feiras, festas religiosas e eventos diversos, onde a marca Afinidade se tornou conhecida, ganhando destaque pela qualidade. Hoje, quase três anos após a criação, a confecção tem uma produção estável com um lucro de mais de R$ 1 mil por mês.
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário

11 fevereiro 2014

Produtores agrícola sofre com falta de transporte da produção.

Falta de transporte afeta os produtores que depende deste para escoar sua produção.



Acabei de ler sobre a falta de transporte para a produção agrícola no Brasil, no caso falava-se de uma perda de 105 mil reais em vendas para a merenda escolar por parte da agricultura familiar. muito se deve ao aumento da produção combinado pelo não acompanhamento deste aumento em ofertas de transporte, principalmente o rodoviário. E também ao fato de um baixo volume a ser transportados nessas condições de agricultura familiar, onde se observa uma maior oferta de transporte para grandes volumes por ser mais compensatório. 

Agora vamos pensar, nas condições de transportes no nosso país, onde a produção agrícola é inteiramente dependente do transporte, quais são as alternativas de transportes para nossa produção? Claramente a primeira coisa que vem a sua cabeça é o transporte rodoviário (deve ter imaginado aquele caminhão bem grande) e sim, esse ainda é o principal meio de transporte de nossas produções. mais porque? Bom apesar dele ser mais caro que o aquático e o de trens de ferro, esses possuem problemas que vão da falta de infraestrutura nessas opções, tempo de transporte, querendo ou não o transporte terrestre com caminhões só perde para o transporte aéreo em rapidez. 

Deveria ter mais investimentos governamentais em opções de transportes, mais que seja aqui dentro do país. Dias atrás me deparo com a noticia que o governo investiu milhões em uma construção de um porto, fiquei muito feliz, até saber que esse porto está localizado em CUBA. mais enfim, precisamos de mais linhas de trens para transportar nossas produções, se possível mais hidrovias, e também a ampliação de rodovias para melhorar o transporte. Além de incentivar os transportadores em ampliar seu negocio, porque vamos precisar de transporte não só em grande porte mais em pequeno porte também, ainda mais com esses planos governamentais envolvendo a compra da produção familiar para a merenda escolar.

08 fevereiro 2014

Calor e falta de chuva ameaçam safra de soja 2013/2014




Colheita avança em diversas regiões do Brasil, no entanto, produção ainda não está definida.

O intenso calor e as poucas chuvas ameaçam a safra brasileira de soja 2013/2014, cuja colheita avança em diversas regiões. No entanto, a safra ainda não está definida, principalmente nas áreas que plantam mais tarde, como o Rio Grande do Sul, a região paranaense dos Campos Gerais e os Estados do Nordeste, alerta a consultoria AgRural, em seu levantamento semanal.

A consultoria ressalta que na revisão de estimativa de produção, concluída na sexta, dia 31, houve "apenas ajustes pontuais de produtividade, que não chegaram a alterar a previsão de produção de 88,8 milhões de toneladas". Não se afasta, contudo, redução na revisão que será feita no fim de fevereiro, caso a onda de calor continue combinada à irregularidade das chuvas, informa a AgRural.

No Rio Grande do Sul, as temperaturas continuam altas e a chuva que era prevista para o último fim de semana caiu apenas em pontos localizados. Como boa parte das lavouras está em floração ou enchimento de vagens, e não há previsão de chuva para os próximos dias, os produtores gaúchos estão preocupados.

Segundo a AgRural, a safra é boa no Paraná e 2013/2014 só não entrará para a história como um ciclo excepcional porque houve problemas no norte, com destaque para a região de Cornélio Procópio. Ali, as chuvas foram irregulares desde dezembro e não se espera média superior a 45 sacas por hectare. No momento, o maior temor é com os Campos Gerais, onde a soja é plantada mais tarde e agora atravessa as fases reprodutivas sob forte calor.

No Nordeste, a maior preocupação se concentra na Bahia, que já teve quebra por estiagem no ano passado. As chuvas até têm caído, mas muito esparsas e com volumes que variam bastante, diz a consultoria. A safra está sob ameaça, principalmente o terço que está em florescimento. Para complicar, a meteorologia prevê poucas chuvas na primeira metade de fevereiro.

No Piauí, a previsão também é de tempo seco nos próximos dias.

– Em alguns pontos há perdas irreversíveis, principalmente em áreas novas – informa a AgRural.

No Maranhão, onde 20% da soja já está em maturação, bons volumes de chuva caíram na semana passada. A água, no entanto, chegou tarde a algumas áreas plantadas no início da temporada, que ficaram até 22 dias sem chuva durante o período reprodutivo.

Colheita


O levantamento da AgRural mostra, ainda, que 6% da área brasileira de soja estava colhida até sexta, dia 31, mesmo porcentual de um ano atrás e da média de cinco anos. Os Estados com colheita em andamento são Mato Grosso (13%), Goiás (8%), Paraná (5%), Mato Grosso do Sul (5%), Rondônia (4%), São Paulo (3%), Minas Gerais (2%) e Pará (1%).

Em Mato Grosso, principal Estado produtor, a chuva atrapalha a colheita em algumas áreas. A previsão é de mais chuva em fevereiro, especialmente na segunda quinzena, que pode ter algum impacto sobre a produtividade média, estimada neste momento pela AgRural em 52 sacas por hectare.

A perspectiva de que a colheita seria muito irregular nas primeiras áreas de Goiás se confirmou, diz AgRural, principalmente na região de Jataí e Rio Verde, onde a produtividade está variando de 39 a 59 sacas. Na média do sudoeste, 10% da área está colhida, com 52 sacas por hectare. O calor e a falta de chuva preocupam o Estado, cuja safra foi marcada pela irregularidade das precipitações desde o plantio.

A colheita começa a ganhar ritmo em Mato Grosso do Sul. Em Chapadão do Sul, no nordeste, os trabalhos evoluíram bem nos últimos dias, e a colheita foi realizada em 10% da área. Na região de Dourados e Maracaju, no sul, a soja mais precoce está com produtividade de 40 sacas, mas a expectativa é de que ela melhore nas áreas mais tardias, que receberam chuvas regulares.

Por: AG Rural